sexta-feira, 15 de março de 2019

Vassalos dos poderosos


Há, entre os servidores públicos, um número significativo de pessoas que nunca soube qual é a essência de ser servido público. Desconhecem que o patrão deles é o próprio público, o pagador de impostos. E não, seus dirigentes. Causa-me espanto e torpor, quando me deparo com este tipo de comportamento dentro da própria universidade brasileira, que se assume como locus do pensamento progressista e da liberdade. E, pasmem, leitores e leitoras: tanto no nível dos técnicos administrativos quanto dos professores. Algumas pessoas se comportam, dia após dia, como verdadeiros vassalos dos poderosos. Não são servidores públicos, não servem nem o que é público: servem aos seus diretores e dirigentes. Talvez isso explique a votação estrondosa de Jair Bolsonaro (PSL) entre os servidores das universidades brasileiras. Se o ministro Paulo Guedes conseguir emplacar a avaliação e demissão de servidores e a “babação” foi o primeiro critério, muitos não terão dificuldade nenhuma em se manter ou até, em serem promovidos. Há muitos saudosistas da ditadura entre nós no tipo de comportamento reacionário, ainda que, em alguns casos, vistam a fantasia de progressistas ou de esquerdistas. Esta é a realidade nua e crua!

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