domingo, 31 de março de 2019

Um refúgio de dedos-duros


Durante os anos de chumbo, ingressar como professor, ou técnico de uma universidade pública não era por concurso públicos. Reitores eram indicados pelos “generais da caserna” e alguns prepostos nelas ingressaram “por indicação”. Entre os anos 60 e 70, a universidade pública brasileira foi infestada por dedos-duros. Eram os “informantes” do Serviço Nacional de Informações (SNI), criado pela lei nº 4.341, de 13 de junho de 1964. O objetivo aparente do órgão, que deve como primeiro dirigente o “famoso” general Golbery do Couto e Silva, era “supervisionar e coordenar as atividades de informações e contrainformações no Brasil e exterior”. Nas universidades, os dedos-duros do regime entregavam todos os que imaginavam ser “comunistas”. Hoje, os que votaram no Governo que aí está devem estar com saudades. Certamente, querem a volta das indicações políticas e que as universidades se transformem, de novo, em cabides de emprego da elite. Lamentável!

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