quinta-feira, 21 de março de 2019

Dificuldades de se olhar no espelho


A postagem de ontem denominada “O ovo da serpente na selva-de-pedra”, que tratava da retirada do processo de criação das a Universidade Federal do Médio e Baixo Amazonas e a Universidade Federal do Médio e Alto Solimões, e dos derrotados na consulta da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), que, por perderem, resolveram questionar a legalidade do processo provocou reações das mais variadas entre colegas professores. E revelaram-me uma coisa: professores e professoras das universidades brasileiras possuem dificuldades enormes de se olharem no espelho. Talvez, por se considerarem, ou por considerar, a universidade brasileira o berço do “esquerdismo”. Oras, é fácil e historicamente comprovado, que, no mundo, as universidades sempre foram a chocadeira da direita. O pensamento de esquerda não é a regra. Ao contrário, sempre foi a minoria. Em alguns momentos da história, ganhou destaque porque os ditos “partidos de esquerda”, dentre eles o PC do B, utilizaram como estratégia política “dominar” as posições de comando entre estudantes, técnicos e professores. Desde então, ficou parecendo que a universidade brasileira era dominada pela esquerda. Ledo engano, somos sim a serpente chocadeira da direita e temos de admitir isso. Caso não, os avanços conquistados ao longo dos anos serão retirados nos moldes da Reforma da Previdência.

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