Sobre a postagem de ontem denominada “Valores democráticos subvertidos”,
publicada neste mesmo espaço, que em relação com sucessão no Campus Paulo
Freire, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Teixeira de Freitas,
disputa entre Lívia Lemos e Caroline Caputo pela Chapa 1 e André Rego e Marina
Miranda, compondo a Chapa 2, recebi esclarecimentos de uma pessoa querida, que é
TAE, cujo nome considero manter-me no direito de não revelar. Ela me esclareceu
que houve uma reunião para tratar de várias pautas, “inclusive a eleição”, mas,
que “não fecharam” com nenhuma das chapas. E que se a maioria dos TEAs vota “numa
ou noutra chapa é por convergência”. Qualquer cabresto, em quaisquer eleições,
deve ser condenado. Inclusive o cabresto ideológico de categorias e unidades
acadêmicas. Durante anos, nas consultas, na Universidade Federal do Amazonas
(UFAM), condenei veemente (e ainda condeno) a prática de determinados
departamentos ou unidades que “fechavam” inteiramente com uma ou outra
candidatura. Há categorias que votam corporativamente para tudo. No fundo, se
trata de uma velha e carcomida prática do “centralismo democrático”, que, ao
meu ver, cheira a enxofre e não condiz com o discurso da liberdade que se deve
ter em uma universidade. Se eu for convencido de que as ideias e preceitos do
PSL são as melhores, tenho o direito de ser ou defender as ideais deste
partido, como posso (e hoje defendo) as ideias do PSOL. E ninguém tem o direito
de me condenar por isso. É condenável, em uma democracia, qualquer tipo de
pressão para que se vote em A, B ou C. Que cada pessoa, no pleno exercício da
cidadania, examine as propostas e vote pela convicção formada. Nem o cabresto
sentimental pode ser acionado na hora da escolha. E perfeitamente plausível e
aceitável, por exemplo, que a esposa vote e faça campanha para uma candidatura
e o marido para outra. Em assim não sendo, depois não poderemos reclamar dos
coronéis de barranco ou dos coronéis da mídia. Em uma universidade, não deve
haver nenhum tipo de “cabresto”. E se alguém botou um em você, leitor ou
leitora, liberte-se! Para que tenhamos uma democracia sadia e o pleno exercício
de o quê denomino “cidadania acadêmica”.
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