Hoje,
das 14h30 às 16h, a jornalista Karen Leão, na disciplina Tópicos Especiais
coordenada pelo professora Maria Sandra Campos, conversou com estudantes de
jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sobre o tema
"Jornalismo de moda". Cada vez que esses encontros ocorrem tenho mais
convicção do acerto que foi criar o Grupo
de Pesquisa Linguagens, Mídia e Moda (Mimo), na Ufam. Não apenas pela
ousadia em trazer para a academia um tema visto como "elitista",
logo, maldito, mas, pelo potencial que o Mimo tem de mexer com as estruturas
pré-estabelecidas. Foi emocionante, ao final da palestrada da jornalista Karen
Leão, ver rapazes e moças a procurarem, com o coração aberto, e sem nenhum tipo
de preconceito para falar sobre moda. Em dois rapazes, os olhos brilhavam de
satisfação. Um deles, revelava que sempre foi uma criança que adorava "jogar
bola" e "soltar papagaio", mas, a moda pulsava dentro dele.
Moda, hoje em dia, é nitidamente ligada ao universo feminino. Tanto que aquele
estudante, quando criança, não teve coragem de demonstrar qualquer tipo de
interesse por moda. Durante a infância, certamente, seu gosto pela moda fora
reprimido por ter esse gosto associado à homossexualidade. Passei por isso em
2010, ao anunciar a criação do Mimo. Uma jornalista, por sinal, a partir de
então, transformou-se em minha amiga, perguntou-me:"Mas, professor Gilson,
o senhor, a pesquisar moda?". Rebati: "Minha querida, você não
gostaria de reformular a pergunta para:Mas, professor Gilson, o senhor, um
hetero, a pesquisar moda?" Tanto na cabeça da jornalista, quanto da
própria sociedade, "moda é coisa de mulher, no máximo, de
homossexuais". Mais que um Grupo de Pesquisa, o Mimo é uma bandeira
política contra o preconceito. Em favor do respeito à diversidade. Por isso o
grupo é formado por professores e estudantes de vários cursos. Está abrigado no
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura (PPGSA), Já temos uma
estudante de Mestrado cujo projeto tem como tema a moda. É minha meta que, em
breve, todos os estudantes de Mestrado e Doutorado que eu orientar sejam de
moda. É uma das formas efetivas que tenho de combater o preconceito dentro da
academia. Espero que os professores que se interessam pelo tema juntem-se a nós
no Mimo. Convite público feito! Quem o aceita?
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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Parabéns professor, pela iniciativa e por quebrar paradigmas. Tenho certeza que o Mimo vai longe! Sucesso e vida longo ao grupo!!!
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