A
tão propagada liberdade que, em tese, deveria ser sagrada dentro de uma
universidade, nem sempre levada a sério. Em grande parte dos casos, o cerceamento
da liberdade ocorre ou por preconceito ou por medo da perda de poder. Um dos
maiores exemplo dessa limitada liberdade de escolha é baixa utilização das
tecnologias de comunicação e informação em sala de aula. Mais que isso, a
proibição do uso de computadores, smartphones e tablets em sala de aula.
Enquanto alguns professores usam e são entusiastas, a maioria "não usa e
tem raiva de que usa". Nas escolas de Ensinos Fundamental e Médio, o que
se vê é um processo de compra e distribuição de computadores em ritmo
alucinante sem, no entanto, haver preparação adequada para uso dessas máquinas
tanto por parte dos professores quanto dos estudantes. Essa realidade pouco
avança no Ensino Superior. Há professores (e professoras) que se consideram
"avançadinhos", mas, no fundo, o máximo que fazem é transpor para
apresentações de Power Point as velhas e surradas fichas amarelas. Usam mal a
tecnologia, entopem as apresentações de textos e passam a aula inteira a ler o
que está nas apresentações. Quando o caso é este, uma aula tradicional com um
professor "bom de conteúdo" é muito melhor que leitoras constantes de
"lâminas". Os mais tradicionais não permitem nem o uso de
computadores na sala de aula. Alegam que "atrapalham a transmissão de conteúdos".
As frases destacadas revelam o atraso na própria concepção pedagógica. É
preciso mudar as mentes, o modo de ver a sala de aula. Integrar as mídias
digitais aos projetos e práticas pedagógicas é o que pode mudar a educação
brasileira. Ao estudantes, ao invés da proibição, deve ser permitido e
incentivado o uso de qualquer aparelho que possa ser integrado à aula
tradicional. Dos professores, espera-se "mente aberta" para esquecer
a sala de aula tradicional e incorporar, definitivamente, as mídias digitais ao
quotidiano da sala de aula. A educação, os estudantes e a sociedade agradecerão
encarecidamente.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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