segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Uma herança que afeta a avaliação na Educação


Ao que parece, ainda não nos libertamos, se é que tentamos, da nossa herança judaico-cristã por meio da qual prazer é o pecado venial, logo, mortal. Em sendo mortal, é passível de condenação e punição. E isso, por certo, leva às duas visões mais equivocadas que, "modernamente" se faz do processo de avaliação, tanto nos ensinos Fundamental e Médio, quanto superior. Do lado dos Governos, Federal, Estadual e Municipal, fica-se com a impressão de que o único objetivo é a "aprovação em massa" para se "engrossar" as estatísticas sobre os avanços da educação no País. Do outro lado do cabo-de-guerra estão os professores (e professoras) mais antiquados que reclamam fervorosamente que "não se pode mais reprovar ninguém". E quem disse que o objetivo do processo educacional é a reprovação? Se não é a reprovação, como tenho convicção de que não o é, só temos um caminho: exterminar essa herança conservadora de que avaliar é punir, é algo similar ao pecado. E quem pode dar esse "Grito do Ipiranga"? A educação superior que, se modificar substancialmente o processo, deixa de ter a punição, portanto, a reprovação, como fim e passa a ter o aprendizado como finalidade. Nesse caso específico, "o exemplo que vem de cima" pode funcionar de forma efetiva. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso definitivamente termos consciência que uma guinada de 180 graus é essencial para que se tenha um sistema educacional voltado para o aprendizado e não pura e simplesmente para a punição.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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