Ao
que parece, ainda não nos libertamos, se é que tentamos, da nossa herança
judaico-cristã por meio da qual prazer é o pecado venial, logo, mortal. Em
sendo mortal, é passível de condenação e punição. E isso, por certo, leva às
duas visões mais equivocadas que, "modernamente" se faz do processo
de avaliação, tanto nos ensinos Fundamental e Médio, quanto superior. Do lado
dos Governos, Federal, Estadual e Municipal, fica-se com a impressão de que o
único objetivo é a "aprovação em massa" para se "engrossar"
as estatísticas sobre os avanços da educação no País. Do outro lado do
cabo-de-guerra estão os professores (e professoras) mais antiquados que reclamam
fervorosamente que "não se pode mais reprovar ninguém". E quem disse
que o objetivo do processo educacional é a reprovação? Se não é a reprovação,
como tenho convicção de que não o é, só temos um caminho: exterminar essa
herança conservadora de que avaliar é punir, é algo similar ao pecado. E quem
pode dar esse "Grito do Ipiranga"? A educação superior que, se
modificar substancialmente o processo, deixa de ter a punição, portanto, a
reprovação, como fim e passa a ter o aprendizado como finalidade. Nesse caso
específico, "o exemplo que vem de cima" pode funcionar de forma
efetiva. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso definitivamente termos
consciência que uma guinada de 180 graus é essencial para que se tenha um
sistema educacional voltado para o aprendizado e não pura e simplesmente para a
punição.
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