Há
um grupo de professores dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) cuja
marca indelével são a arrogância e a prepotência. Consideram que a Ufam é o
quintal das vossas casas e nós meros joguetes nas mãos doentias a tentar nos
manipular descaradamente. Funcionou por duas vezes contra mim no processo de
consulta. Desta vez não funcionará! A comunidade da Ufam já descobriu como
esses trastes jogam. E não se curvará. Não aceitará viver mais quatro anos sob
o jugo desse grupo de professores que tem na manipulação desmedida das pessoas
o ápice dos seus devaneios. Pensam que podem por quem bem entendem na reitoria
e, de fora dela, teleguiar os indicados. Não funcionou com a professora Márcia
Perales Mendes Silva, que, reconhecidamente, é cria deste grupo político mas se
libertou. E ao se libertar, ao fazer uma administração técnica e republicana,
passou a receber contra si o ódio, a vilania e a baixaria. Já ouvi, nos
corredores, coisas do tipo: "ela não tem mérito, só está aí porque foi
colocada. E quem a colocou irá tirá-la!". Há discurso mais arrogante e
prepotente? Sem contar os mexericos impublicáveis sobre a vida da reitora. Querem
ganhar a eleição desse jeito? Será que não aprenderam a lição com o tapa com
luva de pelica que o povo de Manaus deu no senador Eduardo Braga (PMDB) que, do
auto da sua arrogância, em função de pressões por conta de um suposto dossiê
envolvendo a vida privada da então candidata Rebecca Garcia (PP), a substituiu
ao apagar das luzes e lançou outra candidata? Professora Márcia Perales Mendes
Silva, seja forte! Não ceda um milímetro! Essa gente joga com uma possibilidade
cruel: fragilizá-la! Tirá-la da disputa antes da hora por meio de ataques
infames. Tentam despi-la de qualquer mérito pela conquista da reitoria há
quatro anos, quando, honradamente, fui seu adversário! Se essa turma pensa que
ganha meu voto com esse tipo de discurso arrogante e prepotente, engana-se!
Ganhará o meu desprezo! E, talvez, entregue, de bandeja, meu apoio e de boa
parte do grupo que em mim votou na última consulta. Fui vítima de muita calhordice
durante o processo, há quatro anos. Por solidariedade humana e respeito ao seu
trabalho correto nesses quatro anos, apelo para que a campanha não tome esse
rumo. E, se tomar, defenderei publicamente a senhora de qualquer tipo de ataque
que aponte nesta direção. Posso ter sérias divergências quanto ao processo de
tomada de algumas decisões da senhora (e as tenho). Não admito, porém, por uma
questão de princípios os quais defendo, que o ser humano, que a cidadã, Márcia
Perales Mendes Silva, seja trucidada moralmente pelos corredores e cantinas da
Instituição. Manifesto, desde já, minha admiração pública pelo fato de a senhora
não se ter deixado transformar em joguete, em marionete ao assumir a Reitoria.
Lembro-me, como se fosse hoje, de uma das rápidas conversas que tivemos antes
do segundo turno naquela disputa na qual saí derrotado. A senhora me disse:"Eu
sou Márcia Perales. E serei eu a Reitora da Ufam, caso seja eleita!" Como
boa parte da comunidade da Ufam duvidou, também duvidei! Quebrei a cara! Ao
longo da sua administração, deu provas de que o bom trigo brota até do meio do
joio. Hoje, professora Márcia Perales Mendes Silva, tens aqui, neste espaço de
tantas lutas por uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada,
meu reconhecimento de que errei em duvidar. E minha admiração por tê-la visto se
libertar. Não ceda a nenhum tipo de pressão! Faça uma campanha propositiva.
Apresente o projeto de universidade que defende e se submeta ao resultado que
for definido pela comunidade. E, qualquer que seja o resultado, façamos o que
fizemos ao longo desses quatro anos: embora adversários, mantivemos um nível de
respeito nas relações digno de uma verdadeira universidade. E, fique certa,
quando seus projetos convergiram na direção das ideias que defendo, terás
sempre o meu apoio de professor da Ufam, na reitoria ou fora dela.
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