Mais
uma vez a universidade brasileira como um todo entra para as estatísticas de
locus de um tipo de preconceito estarrecedor. Uma estudante da Universidade de
Brasília (UnB), levou chutes e socos e foi chamada de "lésbica
nojenta" no estacionamento do Instituto Central de Ciências (ICC)
daquela universidade. O fato ocorreu segunda-feira, dia 18 de fevereiro, no
Campus Darcy Ribeiro. Mais estarrecedor que a própria manifestação de preconceito
do agressor é o surgimento (e crescimento) de uma leva de conservadores e
reacionários, em todos os níveis, nas universidades. O espaço da troca de
saberes e da liberdade, paulatinamente, é substituído pela troca de ofensas,
socos e pontapés. O preconceito é uma das espécies de violência das mais graves
por ser do tipo psicológica. Por afetar a convivência social. Por nos isolar a
vítima no grupo e privá-la do convivência com seus pares. Não se pode admitir
nem a violência psíquica, o que se dirá da violência física. De violência
física dentro de uma universidade, aliás, entendo mais do que ninguém, neste
País. Fui agredido em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências
Humanas e Letras (ICHL). Autoridades, ou pessoas ligadas ao poder, ainda mantém
aquela ideia de que a universidade é uma mera extensão dos poderes do Estado e
do Município. Por isso, comandam, em alguns casos, a violência psicológica (e
até física). Quando essa violência, até física, parte de dentro da própria
comunidade, contra minorias, é ainda mais grave e inaceitável. O número de
casos e a constância com que se repetem indicam que o Ministério da Educação,
certamente, será obrigado a intensificar, por meio de política públicas, o
combate ao preconceito em todos os níveis.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.