quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

MEC muda critérios para abrir cursos de Medicina


O Ministério da Educação (MEC) finalmente mudou os critérios para a abertura de novos cursos de Medicina no País. E, certamente, a mudança proposta não será apenas para um curso. Outros, muito provavelmente, seguirão o mesmo caminho para que o mercado, e algumas regiões, não fiquem saturados do mesmo profissional, enquanto outra regiões padecem da falta deles. A partir de agora, cursos de Medicina só serão abertos em cidades pré-definidas por meio de editais. De acordo com a notícia divulgada em um site brasileiro, "As novas faculdades particulares de medicina terão que ser criadas, prioritariamente, em regiões onde há estrutura médica - como hospitais e atendimentos de emergência - mas não existem escolas de medicina suficientes." É o tipo de critério que deveria nortear a abertura de todos os demais cursos no Brasil. No entanto, o que ocorre é que Faculdades, Centros Universitários e as próprias Universidades particulares não se importam com seus ex-alunos. Se vão ter boa empregabilidade ou não. Pautam-se pela lógica do lucro. Assim, cursos de baixo investimento e boas possibilidades de altas demandas são abertos em quaisquer lugares. Figuram entre eles, Direito, Administração, Pedagogia, Serviço Social. Terminam por "entupir" o mercado local de profissionais qualificados, porém, desempregados. Já em áreas estratégicas, como o é a Medicina, os cursos concentram-se nas grandes metrópoles ou nas capitais. Como é um curso muito caro e que exige altíssimos investimentos para que sejam abertos, normalmente são abertos em cidades de atividades econômicas pujantes ou nas grandes capitais. Médicos formados nessas cidades se negam a prestar serviços no interior do País por mais que os salários sejam atraentes. Por outro lado, como induzir a formação se só forem autorizadas a abertura de novos cursos em cidades com "hospitais e atendimentos de emergência"? Como ter serviços de emergência e hospitais se os médicos recém-formados não querem ir para cidades menores? A mudança de critérios é boa mas precisa ser melhor estudada a fim de que, ao invés de solucionar o problema, seja capaz de aumentá-lo.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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