Em
época de sucessão, como a que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
enfrenta agora, preocupam-me os discursos inflamados que incitam uma espécie de
"política da terra arrasada". Embora, durante a eleição todos se
comprometam em "não destruir a obra do outro", fora da universidade,
essa é uma prática comum. E começa pela prática de mudar a marca, conforme comento
hoje sobre o que ocorrer com a Prefeitura
Municipal de Manaus (PMM). Como há uma tendência, na universidade
brasileira, com o processo democrático de escolha, a se repetirem os mesmos
equívocos da política em geral, fica sempre aquela dúvida de que a prática se
repita. Tenho defendido neste espaço que, na universidade, o comportamento seja
outro. Que a atuação seja pedagógica e não um mero espelho do que ocorre na
sociedade. O que se espera, no caso das universidades, e deveria ocorrer o
mesmo na política em geral, é que os acertos sejam refinados e aperfeiçoados e
os erros de rota corrigidos. Não se pode mais admitir, na administração
pública, essa prática nociva da "terra arrasada". Grande parte do
atraso na política brasileira, por conseguinte, na administração pública, se
deve a esse tipo de prática. No caso das universidades, hã que se ter clareza
que mudanças mirabolantes são apenas promessas de campanha. Há uma política
pública, inclusive para a contratação de pessoal, estabelecida pelo Governo
Federal. Em grande parte dos casos, o administrador escolhido torna-se refém
dessas políticas. De certa forma, isso terminada por conter os mais afoitos.
Por outro lado, engessa as administrações superiores das universidades. Como na
vida, na administração pública, nem tudo é completamente bom ou ruim. Todo
cuidado é pouco, porém, para que não se deixe a prática da "terra
arrasada" chegar às universidades brasileiras.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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