Ainda
sobre o tema de ontem aqui exposto, não posso admitir o discurso atrasado e reacionário
de que “somos um espelho da sociedade”. Ora, se a universidade existe para ser
espelho da sociedade, não deveria nem existir. Aliás, talvez, por isso, esteja
correndo tanto risco: nossa miopia não nos deixa enxergar que fizemos pouco ou
quase nada para mudar a sociedade. Somos cobrados por um único item que atende
pelo pomposo nome de “empregabilidade”. É pouco. Como defendo que ao invés de
sermos o espelho da sociedade devamos ser “o espelho para a sociedade”,
defendo, com unhas e dentes, que tenhamos de ter posturas internas adversas de
o que se vê, principalmente na política universitária. Vejamos um exemplo muito
simples: não sabemos lidar com generosidade e afeto. Ou confundimos, ou respondemos
com as mais rasteiras traições nas nossas relações internas. Como podemos
cobrar comportamentos generosos e afetuosos da sociedade? Se realmente
existimos para mudar a sociedade, como defendo e acredito, teremos de refletir
cada um dos nossos atos diários. Para mudarmos a própria universidade na qual
trabalhamos.
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