“Meu
carro, minha casa”; ou “não se pode ser andarilho” também poderiam ser títulos
adequados a esta postagem. Porque ela trata de um preconceito sobre o qual já
falei, mas, que teima em me perseguir: contra quem não possui endereço fixo.
Pois não que, agora, até na estrutura do Ministério da Educação (MEC) também
enfrentei o problema? Como avaliador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP) preciso atualizar o “vínculo institucional”, pois, hoje
sou professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Meu endereço
fixo, porém, é Manaus: meu apartamento, que ainda nem aluguei ou vendi. Todas
as vezes que tenho de viajar pelo INEP, sou obrigado a enviar a cópia da
Portaria de Redistribuição. Em suma: não posso ser um andarilho acadêmico.
Nossos modelos mentais de segurança, pré-estabelecidos há anos, são claros: só
pode “ser gente” quem tem endereço fixo. É um tipo de postura violenta,
intimidadora, portanto, inaceitável. Mas, a aceitamos e a vida segue. Não sem
me incomodar!
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