A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) cada vez mais aperto o cerco contra o que podemos denominar “pesquisador-operário”. No entanto, na realidade brasileira, é cada vez mais difícil encontrar estudantes de pós-graduação que possam se dedicar integralmente aos cursos. Talvez, por isso, a Capes esteja incentivando, em todas as áreas, os mestrados profissionalizantes. Acontece, porém, que há um pano-de-fundo nesse incentivo: os mestrados profissionalizantes são pagos e as turmas, normalmente, fechadas por empresas ou organizações. O problema dos pesquisadores-operários só se agravaria. Por outro lado, sem mudar o perfil dos estudantes dos cursos de mestrados e doutorados acadêmicos, coloca-se em risco os próprios programas, uma vez que as verbas de financiamento estão vinculadas ao número de bolsistas. O certo é que não se pode negar a existência do pesquisador-operário nem obrigá-lo a se afastar dos programas de pós-graduação. O problema existe e precisa ser enfrentado urgentemente.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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