O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que o Ministério da Educação (MEC) quis pintar com a salvação para o fim dos vestibulares nas universidades brasileiras passou a ser denominado pelos estudantes do País inteiro como “piada nacional” do Ensino Médio. Transformou-se em algo muito pior: uma vergonha nacional. Em nota oficial, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foi obrigado a admitir que havia “inconsistências nos gabaritos”. Tucaram o erro, diria José Simão. Havia erro nos gabaritos divulgados, isso sim. Some-se a isso a anulação ocorrida recentemente por roubo das provas e se tem um Exame que caiu completamente em descrédito. Por isso, as grandes universidades brasileiras rifaram o Exame como forma de entrada. Nas discussões internas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não faltaram alertas sobre os problemas que poderiam ocorrer em se tratando de um exame unificador apenas do ponto de vista didático e do processo de aprendizagem. Permitir a mobilidade de estudantes nacionalmente é saudável. Promover a concorrência com pessoas mais preparadas de outros estados, aprioristicamente, não. A Ufam não aceitou argumentos contrários e aderiu ao Enem porque tinha um problema muito maior: vestibulares constantemente anulados e com péssima credibilidade junto à comunidade. Com a transformação do Enem nessa vergonha nacional, a Ufam rediscutirá o assunto? É esperar para ver.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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