sábado, 7 de novembro de 2009

Diretores biônicos


A forma como a greve dos estudantes da unidade de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é tratada só demonstra uma coisa: por mais que haja uma tentativa explícita de se negar, a administração atual é uma extensão da administração Hidembergue Ordozgoiht da Frota. É evidente, e isso também não se pode negar, que a reitora Márcia Perales, tenta humanizar mais as relações. No entanto, permanece a ideia de “assepsia política”. A greve de Benjamin Constant não pode ser vista apenas como uma reação à diretora da unidade. É preciso se fazer uma leitura política: trata-se de um modelo administrativo centralizador e autoritário que deu errado. Portanto, é responsabilidade sim da administração superior agir para que a rota seja corrigida. Muito me admira que uma reitora e um vice-reitor, escolhidos diretamente pela vontade da comunidade ainda mantenham diretores biônicos. Por mais que tenha respeito aos professores Márcia Perales e Hedinaldo Narciso, acima de qualquer coisa, meus colegas de trabalho, defenderei com unhas e dentes o direito de toda a comunidade dos Campi da Ufam de se manifestarem sobre quem irá dirigi-los. É, na melhor das hipóteses, o mínimo de coerência que se pode exigir. Afinal, os votos dos estudantes, técnicos e professores do interior servem para eleger a reitora, mas não se pode nem pensar nos mesmos votos para escolher os diretores?

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