Tratar a greve dos estudantes e professores do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant simplesmente com base no Estatuto da Ufam é, no fundo, defender um modelo autoritário e centralizador imposto às unidades do interior e que tentam trazer para a capital. O fim dos departamentos não representa apenas uma ameaça à democracia. É, na verdade, trazer para Manaus o modelo aplicado no interior que tem só um ponto positivo: devolver a capacidade de mobilização e luta aos estudantes, professores e técnicos. A revolta em Benjamin Constant não é apenas contra a diretora, Valdete Carneiro da Luz. Ë, acima de tudo, a revolta de pessoas que acreditam em uma universidade cidadã, democrática e participativa. Durante a consulta pública defendi, com unhas e dentes, o direito de a comunidade escolher seus diretores no interior. Não mudei e não calo! Essa turma que está no poder na Ufam representa oito anos de autoritarismo, clientelismo, nepotismo e troca de favores. Não posso aceitar esse tipo de prática. Enquanto tiver forças, lutarei por uma universidade democrática e cidadã. Os crápulas que me criticam pelos corredores são os mesmos que se alinham ao poder do Estado (e à intervenção deste na Ufam). Esses pulhas deviam ter vergonha da posição covarde que assumem diante da greve de Benjamin Constant.
sábado, 14 de novembro de 2009
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