Revolta, asco e indignação misturavam-se sem que eu conseguisse definir se há significados diferentes para os três termos. A reportagem do programa de domingo Fantástico, da Rede Globo, do dia 28 de fevereiro de 2010, sobre o trote aplicado pelos estudantes de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes, foi revoltante e não tinha nada de fantástico e sim de absurdo. Fico a imaginar como trogloditas que não possuem nenhum respeito pela vida humana podem se transformar em bons profissionais de medicina? Que cospe na cara dos colegas e vos obriga a participar de rituais de humilhação pública não tem a mínima condição de, um dia, ser responsável por salvar a vida de alguém. É bem-verdade que, no limite, a universidade é o espaço da liberdade plena. E, talvez, para os futuros médicos, liberdade plena seja a capacidade de decidir se quer matar ou morrer. Bem, mas será que os calouros tinham a opção de decidir se queriam ser humilhados? Ou foram obrigados a isso? Vale uma reflexão mais profunda de todos e todas sobre o problema. Só sei que fiquei extremamente revoltado com o que vi.
segunda-feira, 1 de março de 2010
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