Não sei se vivo em outro mundo ou se grande parte dos educadores brasileiros “mora onde não mora ninguém, onde não passa ninguém, onde não vive ninguém”, parafraseando Antônio Gilson Porfírio, o AGP. A polêmica em torno do livro “Teresa que espera as uvas”, livro de estreia da gaúcha Monique Revillon, que em seus 36 contos, apresenta histórias sensuais e coma visão feminina, parece ser uma reação fundamentalista e, adoraria que não fosse, machista. O conto “Os primeiro que chegaram, narra, na visão da criminosa, cenas de estupro. Daí a condenação pública, pelo fato de o Ministério da Educação distribuir o livro como material de apoio para o Ensino Médio. Não sejamos hipócritas. Nossas crianças desse nível escolar se deparam com esse tipo de violência diariamente nas manchetes dos jornais, nas novelas, na televisão, nos programas “mundo-cão”. Ninguém está imune a nada. Cabe ao professor, no trabalho didático como a obra, deixar claro que se trata de um livro de ficção, segundo os críticos, das melhores. A única coisa reprovável no fato era se o livro de Monique Revillon fosse escolhido por ela ser gaúcha, militante do PT (nem sei se é, trata-se de um raciocínio hipotético) e quetais. Como foi pela qualidade literária, censurar contos por causa de cenas eróticas ou de violência é negar o mundo em que vivemos.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
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