Recentemente, em conversa com um colega de profissão, expunha a minha visão de universidade, de educação, do conhecimento pelo convencimento como papel essencial da universidade brasileira, em especial da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e fui surpreendido com a afirmação: ”isso é uma visão utópica, o ser humano precisa de pressão”.Na visão utilitarista de universidade que predomina hoje, portanto, não e deve ter utopia, não se deve convencer pelos argumentos e sim pela pressão. Não é de se espantar, por exemplo, que o erro seja tido como fonte de punição e não de aprendizagem. Vive-se a cultura da pressão? Por resultados, por conhecimento por “se dar bem”. A universidade teria, neste caso, o papel de preparar o indivíduo para “ser um vencedor” no mercado de trabalho e mais nada? Devo estar louco, perdido completamente o juízo, mas universidade que cala quando é invadida e tem professor agredido em pleno exercício da profissão, que manda prender a turma do fumacê e que pretende punir estudantes grevistas com suspensão de 30 dias não é universidade. E nem se aproxima do “grupo escolar” que um dia Márcio Souza a denominou. Chega, talvez, a um jardim da infância mal-ajambrado. Essa universidade retrógrada, reacionária e quadrada não é a Ufam do futuro, não é a universidade que um dia sonhei dirigir. É motivo de vergonha. Mas, não fenecerei se vê-la mudar de patamar.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
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