Além da crise política ontem abordada neste espaço, a universidade pública brasileira enfrenta outra de proporções similares: a crise ética. A discussão em torno da Carreira dos Docentes, por exemplo, não passa pelos estudantes e técnicos, interessados indiretos, mas que sofrem impactos diretos dessa negociação com o poder público. Diante de uma realidade quase inevitável, a prestação de serviços ditos de consultoria por grande parte dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), o Governo atira na regulamentação deste tipo de prática, no entanto, com o achatamento dos salários. Como a prática existe mas poucos a admitem, mora aí o problema ético: é possível servir a dois senhores? A prática demonstra que não: o correto seria a dedicação exclusiva, porém, com salários dignos. Um professor, no topo da carreira, por exemplo, deveria receber o equivalente ao salário de um magistrado. Todos nos contentamos com migalhas, aceitamos os bicos e ainda somos acusados, justamente, de não sermos éticos. Lutar agora pela equivalência salarial e esquecer os bicos seria um belo grito de liberdade.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
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