O medo faz coisas que anos de vida, tentativas domésticas e a escola não conseguem. Por incrível que possa parecer, as pessoas, agora, dentro dos aviões, na hora do desembarque, demonstram uma educação nunca vista: atendem, com raríssimas exceções, as recomendações de que o desembarque seja feito por fileiras. Uma pessoa só sai do ligar quando a outra já estiver a uma “distância razoavelmente segura”. Cético como sou, não acredito em “distância segura”, nem razoavelmente, dentro de um avião. Mas, ainda assim, o medo de ser contaminado faz com que as pessoas esperem “educadamente”. Nem parecem aqueles bandos que, antes, nem esperavam a aeronave parar, já desabotoavam os cintos de segurança e saiam desesperadamente em busca da primeira vaga. A educação nem sempre se faz pela razão!
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