As duas consultas públicas das quais participei como candidato a reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deixaram um gosto amargo de decepção. Não pelas duas derrotas, uma vez que quem entra em uma disputa sabe que perder ou ganhar são conseqüências da vontade democrática da comunidade. O que me deixou triste e, ao mesmo tempo, envergonhado, foram as desculpas usadas por algumas mulheres ditas esclarecidas e ativistas políticas: você tem qualidades, experiência, é o melhor nome, mas, não voto em ti porque só voto em mulher. Do mesmo modo, encontrei homens e mulheres com o discurso de que, pelo fato de ser mulher, a candidata fulana de tal “não faria nada”. São argumentos que beiram as raias do absurdo e só devemos aceitá-los porque estamos em uma academia e, como bem diz Carlos Santiago, é o lugar onde podemos contestar até a existência de Deus. O gênero, tanto masculino quanto feminino, não determina a competência de ninguém para administrar. As decisões sim, são essenciais. E o silêncio completo da professora Marcia Perales, reitora eleita da Ufam, no episódio da invasão da instituição e agressão a um professor, demonstram o grau de subserviência às decisões tomadas pela administração atual que manteve silêncio sepulcral até ser pressionada pelos movimentos organizados e conselhos. Mesmo sem assumir, já toma decisões equivocadas. Deveria se manifestar, se não como reitora eleita, como professora da instituição, afinal fora também, indiretamente, atingida. Uma lástima, o seu silêncio! Ou, também, será porque o professor atingido fora adversário na consulta à comunidade? Parece que sim.
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