O resultado da recente pesquisa realizada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) deve ser vista com muito cuidado, como todas as pesquisas. Dizer que “alunos da rede privada bebem mais”, sem contextualizar os pesquisados, pode levar a generalizações extremamente perigosas. A primeira delas de que “bebem mais” porque possuem mais dinheiro. O maior erro é exatamente esse: as escolas privadas, principalmente as de educação superior, não são o lócus das classes menos favorecidas, ao contrário, a cada dia estudantes das classes média e baixa ocupam lugares nas escolas privadas superiores. A pesquisa, porém, foi realizada entre estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. É nesta fase que o jogo do ingresso na Educação Superior começa a ser decidido: as melhores escolas ficam para quem tem mais dinheiro. O jogo das drogas também. A pesquisa detectou com o consumo de bebidas entre estudantes das escolas privadas é mais de 12% maior que entre os das escolas públicas. Ainda é preciso se aprofundar nas análises e realizar pesquisas qualitativas para que o cerne do problema seja alcançado.
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