É desleal a disputa por verbas e projetos entre as regiões menos centrais e as mais próximas dos grandes centros junto aos órgãos de fomento à pesquisa no Brasil. O critério de desempate é sempre a “produtividade”. E o professor-pesquisador só pode ser considerado produtivo se atingir um número “x” de artigos a cada ano, publicado em revistas “qualificadas”. O problema é que a escassez de doutores nas universidades públicas da Região Norte, por exemplo, sobrecarrega os que nelas atuam. Sem contar que a própria liberação de verbas do mantenedor, o Ministério da Educação, toma por base a média do número de doutores. A contratação de mestres, especialistas e graduas, interfere nessa média. E isso significa menos verbas para as IES. Quando a disputa por projetos é nacional, dificilmente os projetos locais são implementados. Alguns são aprovados pelos comitês mas perdem a disputa na “pontuação”. Torna-se um círculo vicioso no qual perdem os pesquisadores e as instituições. O assunto precisa ser pensado como política de governo para que se encontre uma solução.
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