No dia 20 de novembro de 2010 reencontrei Manoel Dias Galvão no Auditório Dr. Zerbini, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Era um sábado. A Faculdade de Medicina pulsava a pleno vapor com as atividades por ele coordenadas. Particularmente, fui participar do projeto “A psicanálise e o cinema”, coordenado por ele, e que apresentava, naquele dia, a “manhã cultural Padre Luiz Ruas”. O evento teve a participação da professora doutora Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Dinara Machado Guimarães. Vimos e discutimos o filme “Oito e meio”, de Federico Fellini. Foi um reencontro memorável com o meu ex-professor Padre Luiz Ruas, com Freud, com Lacan, com Jung. Mais que tudo, foi um encontro com Galvão, na saída do Auditório, pra lá de meio-dia. Sorridente, ele cumprimentou a todos. Fez festa ao me encontrar, como sempre fazia. Galvão é uma mente iluminada, no meio do vazio da parca inteligentsia baré. Uma bala, disparada por um adolescente, teria entrado pelo seu olho direito e transfixado o crânio. Só assim, fisicamente, se poderia atingir a mente brilhante de Galvão e, talvez afetá-la. Esse é o lado mais cruel desta violência contra ele cometida. A bala pode até te levar à morte, Galvão, mas, tuas ideias libertárias não fenecerão.
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