segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Política da leitura

Um dos itens mais exigidos das universidades, centros universitários e faculdades para o processo de autorização de novos cursos e renovação de reconhecimento de cursos existentes são as bibliotecas. Isso vale, também, para os Programas de Pós-graduação. No entanto, o Ministério da Educação (MEC), em pouco tempo, terá de rever alguns dos princípios das normas que regem o item “bibliotecas”. Não que diminuir as cobranças principalmente em relação ao acervo. Não se faz Educação Superior sem uma boa biblioteca, equipada, principalmente, com livros. Há, porém, que se incorporar aos formulários e mecanismos de avaliação a questão dos “acervos virtuais”. Os tempos são outros, a juventude atual já se adaptou às lituras na tela e não quer mais saber de ler no papel. Na prática, o que acontece? Bibliotecas extremamente equipadas, inclusive com livros, são pouco-visitadas. Logo, é preciso, além dos livros e equipamentos de informáticas, uma política de valorização da biblioteca como o coração da instituição. Sem isso, as bibliotecas correm o risco de se transformar em item essencial para o MEC e não para os estudantes, esses sim os maiores beneficiados por elas.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Olhar de consumidor

No post de ontem alertei sobre os problemas com a prestação de serviços em Educação, principalmente a Educação Superior. É bem-verdade, e não podemos deixar de lembra, que cabe à Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) fiscalizar rigorosamente o cumprimento do marco regulatório. No entanto, quem contrata serviços das Instituições de Ensino Superior (IES) não pode esquecer que há jurisprudências na justiça brasileira que garantem o uso do Código de Defesa do Consumidor (CDC) em cada um dos serviços educacionais prestados. Portanto, é direito do consumidor ter acesso ao projeto pedagógico da instituição, da escola. Cobrar o programa das disciplinas, que as irá administrar e coisas do gênero. Logo, não se pode encarar a relação com as escolas, faculdades e universidades como se essas estivessem a prestar um favor. Prestam serviços e como tal, devem ser cobradas.

sábado, 29 de janeiro de 2011

SESU em ação

Ao suspender a autorização de novos cursos ou em andamento da Faculdade de Odontologia de Manaus (FOM), a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) diz a que veio. Cumpre, rigorosamente, o marco regulatório para a área. Afinal, a FOM, cuja mantenedora é o Centro de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação do Norte (Cepegran) seguidamente é mal-avaliada em todos os exames do MEC. Para completar, ainda oferecia cinco cursos sem a devida autorização. Que a ação da Sesu sirva de alerta para as demais instituições de educação superior do Estado. O fato deve, também, chamar a atenção do público, o principal consumidor dos “serviços de educação”. É preciso verificar quem está autorizado ou não a oferecer cursos. Transformar a educação em um negócio cujo objetivo é apenas o lucro faz com que algumas instituições promovam matrículas até em troca de gêneros alimentícios. Como bem prega a sabedoria popular, quando a esmola for grande demais...desconfie.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Prouni vence preconceitos

Ao ser lançado pelo Governo Federal, o Programa Universidade Para Todos (Prouni) recebeu críticas até do Partido Comunista Brasileiro (PC do B). Na universidade pública e fora dela, as reações foram raivosas. Passeatas, manifestações e artigos criticavam “o governo transferir dinheiro” para as universidades particulares. O Prouni, na verdade, é uma ideia tão simples quanto a da Zona Franca de Manaus: trocar possíveis créditos palpáveis por algo plausível no agora. Nunca houve transferência de recursos: o que há é uma troca de créditos podres por vagas para pessoas carentes, com renda familiar abaixo de 1,5 salário mínimo. Fui uma das poucas pessoas a defender o Prouni, contra tudo e contra todos. Qualquer forma de dar oportunidade de acesso ao saber para os menos ricos jamais pode ser criticada. Este ano o Prouni superou a casa de um milhão de inscrições para o primeiro semestre de 2011. O programa oferece 80,5 mil bolsas integrais, e 42,6 parciais. Para participar, o estudante deve ter concluído o ensino médio em escola pública e renda média familiar inferior a 1,5 salário mínimo. De tão boa a ideia foi copiada por prefeituras e estados no País inteiro, inclusive, a Prefeitura Municipal de Manaus.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Matrícula para aprovados no Sisu

As matrículas para os estudantes aprovados em primeira chamada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam hoje e vão até o dia 31 de janeiro de 2011 em todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) que aderiram ao sistema. O processo começa com a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A partir da nota obtida neste Exame os estudantes fazem escolhas no site do Sisu. Após a primeira chamada, ainda haverão as chamadas previstas para os dias 4 e 13 de fevereiro. Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), para efetivar a matrícula, os estudantes precisam solicitá-la no Portal do Aluno, no endereço eletrônico http://proeg.ufam.edu.br/. A mudança mais radical é que todos os estudantes da Ufam, inclusive os periodizados, bem como os classificados no PSC e no SISU/ENEM, devem acessar o edital de matrícula e, em seguida, apresentar-se nos dias, locais e horários especificados no Edital, munidos dos seguintes documentos:


a) Diploma ou Certificado de Conclusão do Ensino Médio com o devido registro feito pela escola (original e cópia) - na ausência do registro da Instituição de origem, o aluno deverá apresentar a cópia do Diário Oficial que supre essa exigência1;


b) Histórico Escolar do Ensino Médio (original e cópia);


c) Cadastro de Pessoa Física - CPF (original e cópia);


d) Carteira de Identidade (original e cópia);


e) Uma (1) fotografia 3 x 4.


Para os calouros, ou sejam os estudantes ingressantes este ano, há um Portal específico para a matrícula, o chamado Portal do Calouro, cujo endereço é: http://calouro.ufam.edu.br/sistema/calouro/login.php. O calendário geral para matrículas da Ufam é o seguinte:


- 24 a 27/01: Primeira Solicitação (os alunos vêem somente as disciplinas da versão de seu currículo);


- 06 a 08/02: Segunda Solicitação (os alunos vêem todas as disciplinas);


- 22 a 23/02: Período de Ajuste de Matrícula * (Coordenação de Curso);


- 02 a 03/03: Recurso à CEG;


- 22/02: Inicio do Período Letivo.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estrutura mínima

É fundamental que a comunidade da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) se uma à Reitoria a fim de que laboratórios, equipamentos e materiais sejam postos à disposição dos estudantes que ingressam na Instituição. É preciso garantir condições infraestruturais mínimas para o funcionamento adequando de todos os cursos. Historicamente há cursos cujos laboratórios praticamente não existem. É bem-verdade que as administrações superiores das Instituições Federais de Educação Superior (Ifes) em geral, e da Ufam, em particular, não podem ser crucificadas por situações que anualmente se repente. O mantenedor da Ifes é o Ministério da Educação, portanto, cabe a ele dar condições às direções das Ifes equiparem e fazerem a manutenção dos laboratórios e equipamentos. Sem isso, a qualidade do processo de ensino-aprendizagem será sempre duvidosa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mercado de corpos

Uma matéria na televisão sobre “troca de cadáveres” propiciou uma pergunta de minha mãe: “Meu filho, será que tem que roube cadáver?” Tal pergunta revela o mundo que minha velha mãe criou na cabeça dela: nele cadáveres não são roubados, muito menos violados. Mal sabe ela que existe um mercado de cadáveres no País que cresce à medida que os cursos de Medicina são abertos. Trata-se de um mercado paralelo de lucros estratosféricos, que se move à custa das necessidades dos estudantes de medicina de todo o País. Por necessidade acadêmica, os estudantes de medicina precisam estudar anatomia. Portanto, os cadáveres são essenciais para a evolução dos estudantes de medicina, logo, para a cura dos que ficam. Como, culturalmente, a sociedade tem uma relação e devoção e proteção do cadáver de seus mortos, criou-se uma espécie de câmbio paralelo. Em alguns casos, estudantes das universidades federais fazem cota entre si e também terminam comprando os cadáveres nesse mercado. O tema precisa ser tratado com mais profissionalismo e respeito aos que ficam vivos. Ainda é tempo.