O deputado federal Francisco Praciano (PT) demonstrou sensibilidade com o problema enfrentado pelo Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ele propôs uma reunião da bancada do Amazonas para, juntos, todos os parlamentares irem ao Ministério da Educação, exigir a liberação de R$ 10 milhões para “salvar o HUGV”. É pouco! Não resolve a situação dos hospitais universitários brasileiros a simples liberação de verbas emergenciais. O que os parlamentares deveriam discutir é a forma de manutenção das universidades brasileiras, aí inclusos os hospitais. Especificamente, o problema dos HUs é mais grave. Financiados apenas pelas verbas recebidas do Sistema Único de Saúde (SUS), que paga exatos R$ 10,00 por uma consulta, quando todos sabem que no mercado esse valor é, pelo menos, 15 vezes mais, todos estão fadados ao fracasso. Enquanto esse nó do financiamento não for solucionado definitivamente, a cada 10 anos os parlamentares terão de ir, com o pires na mão, pedir a benção dos ministros de plantão. Os políticos e os burocratas brasileiros precisam entender que os Hospitais Universitários são locais de formação e não podem ser financiados com a mera lógica do mercado. Ainda mais quando o pagamento é 15 vezes abaixo dos valores de mercado. Aí, fica claro que querem fechá-los. Todos nós temos de reagir a essa lógica dos burocratas enquanto os HUs ainda existem.
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