sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Prejuízo e credibilidade


Não se trata apenas (vejam só, leitores e leitoras, apenas) do prejuízo de R$ 30 milhões somente com a impressão das novas provas. O mais grave de tudo com o o cancelamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a perda de credibilidade que o exame passa a carregar. Os que aderiram ao Enem como porta de entrada nem quiseram discutir possibilidades de problemas iguais a esse. É evidente que se tem uma economia em escala enorme com a centralização de todos os exames. No entanto, quando acontece um problema como o que ocorreu agora, a credibilidade do sistema inteiro vai para o brejo. Quem, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) embarcou na cantilena do Ministério da Educação (MEC) de que aderir ao Enem era mais democrático (e, certamente, muitos viram, como Ufam, a chance de se livrar das fraudes incessantes) quebrou a cara. Resta saber quem vai pagar os R$ 30 milhões? Certamente, é mais uma conta espetada no bolso do contribuinte. E a credibilidade? Quem vai recuperar?

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