Quem via o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) emt empos idos e não muito longíquos, como eu, sente uma tristeza imensa. Deu até vontade de chorar. O quadro era aterrador. Ontem, na abertura da exposição de 30 anos da Associação dos Docentes da Ufam (Adua secção sindical), no Hall do ICHL, mesmo com a presença do talentosíssimo Nicolhas Jr., a plateia não completava três filas de cadeiras. Não é possível que o espírito de participação e luta, essência a universidade, tenha morrido definitivamente. Recuso-me a acreditar. E que me chamem de doido ou coisa que o valha. Mas não aceito uma universidade burocrática, sem a centelha da utopia e da força política. Uma universidade apática desconhece a si. É inócua para a sociedade e desmancha-se na própria inércia. Não é essa a universidade que sonhei administrar. Quero uma universidade que pulse, politizada e que não tenha vergonha de assumir suas contradições. Essa é a minha utopia e por ela lutarei enquanto tiver vida. O ICHL precisa voltar a pulsar, pois, só assim, retomaremos o espírito de embate teórico e político na Ufam.
Viste também o site do professor Gilson Monteiro e o novo Blog do professor Gilson Monteiro.
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