Encontrei recentemente o professor Renan Freitas Pinto, um dos maiores intelectuais vivos deste Estado, e lamentei profundamente o fato de ele ter pedido afastamento do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ele disse-me que se afastou do Mestrado e do Doutorado e que não retorna mais para nenhum programa de Pós-graduação até se aposentar. Renan completou: “descobri que estudava mais que os alunos. Eles chegavam em sala de aula sem um texto lido.” Despediu-se de mim e fiquei a refletir sobre a decisão dele. Confesso. Em alguns momentos pensei em tomar a mesma decisão de Renan Freitas Pinto pelos mesmos motivos. Há, claramente, certo descompromisso dos próprios estudantes com os programas de Pós. Talvez reflita o próprio descompromisso institucional: muitos programas funcionam sem as mínimas condições estruturais. Um afastamento voluntário como esse do professor Renan Freitas Pinto deve provocar reflexão profunda na Ufam como um todo e nos programas de Pós, em particular.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
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