Que fique bem-claro uma coisa de uma vez por todas: não considero que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) errou totalmente em aderir ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Sou contra, e disse isso várias vezes, à forma como a instituição aderiu. Não somos obrigados a seguir tudo o que o Ministério da Educação (MEC) determinar. Temos autonomia e precisamos discutir profundamente cada passo a tomar. E isso não foi feito. O pacote de adesão ao Enem veio pronto de acordo com o que a Administração superior decidiu. Os departamentos e as instâncias não existem para carimbar decisões já tomadas. Se for para ser assim, que não sejam consultadas as instâncias inferiores. No caso do Enem era preciso avaliar se as provas são melhores que o antigo PSM da Ufam, se atingiriam o objetivo de selecionar (e vejam bem, selecionar e não avaliar, pois avaliar é muito mais que escolher os melhores) os melhores de Manaus e do Amazonas. Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, fizeram um estudo e decretaram que as provas do Enem não são capazes de medir as habilidades dos estudantes. O fato de todas as vagas do curso de Medicina da Ufam oferecidas por meio do Enem serem preenchidas por estudantes de fora do Estado só desmonta o discurso oficial do Governo de que temos uma Educação de qualidade. E a Ufam tem pouca culpa nisso.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
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