sábado, 6 de fevereiro de 2010

Todos de fora


Com bem-diz a professora Mirna Feitoza, “a história se vinga”. É bem verdade que não se precisava ter um grama de inteligência para concluir: com a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a maioria dos estudantes que ingressariam nos cursos mais concorridos seria de fora de Manaus. Eu, professor Gilson Monteiro, um dos candidatos a reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em debate no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) não tive nenhuma dúvida em declarar minha posição contrária à adoção do Enem exatamente porque tiraria as chances dos estudantes amazonenses de ingressarem na Ufam. Não deu outra. A pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) divulgou que todos os estudantes ingressantes no curso de Medicina são de fora do estado. De acordo com a Proeg, dos 1.803 estudantes que ingressaram este ano por meio do Enem, 45% (quarenta e cinco por cento) são de fora do estado. A incompetente administração superior que dirigia a Ufam adotou imediatamente o Enem sem discutir com profundidade os problemas que adviriam na tentativa de fugir dos Vestibulares anulados constantemente. Nem isso deu jeito. A juíza da 3ª Vara da Justiça Federal no Amazonas. Alcioni Escobar, determinou a suspensão das matrículas da Ufam. Realmente a história se vinga.

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