quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Público e privado


“A mistura do público e do privado é a grande interrogação que precisa que precisa ser esclarecida nesse processo”. A frase, leitores e leitoras, não é de nenhum deputado da oposição e muito menos do presidente do Sindicato dos Professores da Universidade do Estado do Amazonas (Sind-UEA), Ricardo Serudo. É do deputado estadual Vicente Lopes (PMDB), dita em um dos jornais de Manaus ontem. Espantoso é o fato de ele ser do mesmo partido do governador Eduardo Braga, portando da base do Governo, sobre a expropriação milionária, de R$ 17,5 milhões, do terreno na Nilton Lins, no Distrito Industrial 2. A UEA já pagou parte do montante e a transação ainda não foi concluída porque o Ministério Público do Estado (MPE) estuda denúncia d superfaturamento. A reitoria da UEA, por outro lado, sobre o assunto diz apenas se tratar de uma “questão de Governo”. Quando até membros do próprio partido do governador começam a desconfiar do negócio é sinal de que tem mais coisas entre a UEA e a Nilton Lins do que a vã inteligência dos mortais possa imaginar. Curioso nisso tudo é que terrenos no Distrito Industrial são concedidos pela Suframa a preço de banana. Certamente o da Nilton Lins, hoje repassado para a UEA, não deve ter custado o preço de um cacho de banana pacova. Por isso o negócio espanta tanto até deputados do PMDB.

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