A polêmica em torno das vagas do Curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) oferecidas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terem sido preenchidas totalmente por estudantes de fora do Estado é uma tremenda tolice. Diz respeito às questões internas da Ufam mas não tem nenhum matiz de injustiça. Injustiça contra quem, caras-pálidas? Não se deve esquecer que não foram apenas estudantes das escolas públicas os reprovados. Escolas particulares tradicionais não emplacaram ninguém. Anúncios de cursinhos e colégios particulares usando o fato de serem primeiro lugar na Ufam não podem ser postos este ano. A Ufam precisa sim, discutir os aspectos macros e de políticas públicas globais do uso do Enem. Não deve, no entanto, absorver esse discurso de culpa. Só se for culpa pelos filhos de médicos que não conseguiram ingressar agora. Que estudem o ano inteiro e tentem um novo Enem. Uma universidade pública não deve sentir-se pressionada por manchetes e comentários de Blogs. É bem maior que isso. A convivência democrática precisar dar espaços sempre para os tolos e suas tolices. O que seria do mundo sem eles?
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
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Parabéns pelo blog e pelo artigo. A discriminação contra o pessoal de outros estados não faz sentido, uma vez que estamos falando de uma universidade FEDERAL, que, ciente das regras do jogo, aderiu a um processo DEMOCRÁTICO nacional. O pessoal de outros estados alavanca a cidade de Manaus, se essa cidade está crescendo continuamente ao longo da última década, tal fato deve-se em grande parte a contribuição e capital de FORA do estado. O fato do pessoal de fora vir pra cá tomar nossas vagas, deveria servir de estímulo para nós crescermos, nos profissionalizarmos, melhorarmos o atendimento rídiculo que prestamos no comércio em geral... e por ai vai.
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