É aterrador e profundamente triste o cenário político dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O fato de se montar uma Chapa para a Adua, mas não haver um nome disponível como candidato a presidente revela o patamar de desmobilização que se chegou entre os funcionários públicos federais, especialmente professores universitários. Não é possível que corpo da categoria esteja disposto a enterrar a Adua. É incompreensível não percebermos a importância história de uma entidade que arrancou do Governo as Eleições diretas para reitor e tornou as decisões mais participativas nas instâncias da Instituição fenecer melancolicamente. A situação, os reacionários e a antiga direita organizada estão de camarote, rindo à toa, deliciando-se com a nossa própria incompetência. Nós, que sonhamos e queremos uma universidade cada vez mais democrática e universal, olhamos para o hoje e o que temos? Professores lutando fratricidamente por um projeto da Capes, do CNPq, da Fapeam, da Petrobrás ou do Banco do Brasil. São recursos minguados (ou, às vezes extremamente polpudos) que solucionam sim, problemas dos indivíduos, ou seja, dos professores e técnicos envolvidos em projetos específicos, mas não melhoram o conjunto Universidade. É lastimável que tenhamos chegado a este ponto. Ponto no qual o coletivo sustenta discursos de indivíduos que enxergam o universo no próprio umbigo.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
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