sábado, 1 de maio de 2010

Faculdade pirata

É espantoso que o funcionamento do Centro de Ensino Superior do Médio e Baixo Amazonas (Cesbam) não tenha sido autorizado pelo Ministério da Educação (MEC). Mais espantoso ainda é que o MEC não soubesse que o Centro funcionava irregularmente. Oras, se as autoridades encarregadas de autorizar o funcionamento não sabiam, como criticar os estudantes por não conhecerem essa informação tão importante para a vida deles? É salutar que a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC tenha decidido fechar a tal faculdade pirata. Há uma pergunta que não cala: como ficarão os estudantes de turmas dos anos anteriores ao fechamento da Instituição, uma vez que o funcionamento não fora autorizado? Classicamente, quando os cursos não passam pelas avaliações trienais, os diplomas são validados. Mas, neste caso, já não tinham valor legal. Ou o MEC validará os diplomas das turmas que já ingressaram e foram literalmente enganadas pela instituição? Não basta divulgar que o Centro foi fechado. É preciso explicar detalhadamente as decisões relativas aos estudantes. Afinal, o MEC era o responsável pela fiscalização e não cumpriu com a sua obrigação. Deve, por direito, encontrar uma solução que não prejudique os estudantes lesados.

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Um comentário:

  1. A profissão de EDUCADOR é uma das mais desvalorizadas pelo poder... por conta da sua capacidade de transformação das pessoas e do mundo! Muitos educadores foram perseguidos no Brasil... os Jesuítas quando ousaram ensinar os índios a ler e escrever... Paulo Freire quando abriu salas de aula nas comunidades carentes e Anísio Teixeira ao criar a nova escola popular e outros anônimos que foram exilados, torturados e até mesmo mortos... Atualmente a história mudou muito pouco, pois o MP - Ministério Público a serviço da elite que controla a educação, trava uma operação de guerra impedindo a criação de escolas livres em todos os níveis, alegando desrespeito a uma legislação educacional inspirada em ideais conservadoristas e ditatoriais... é preciso lutar por uma educação livre em todos os sentidos sem intervenção do poder e que surjam exageradamente instituições de ensino em todas as esquinas, em todos os guetos, em todas as favelas e em todos os lugares que se possa imaginar... que a educação seja um vírus contagiante... nota zero para o MP e nota zero para o MEC...

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