domingo, 14 de agosto de 2016

Quando a vida nos obriga a aprender

Um dia qualquer de um ano que não lembro mais, descia a Avenida Rebouças rumo à Universidade de São Paulo (USP) com o meu filho Felipe Guerra Monteiro na poltrona de bebê. Ele mal começara a falar. E me fez a seguinte pergunta: “Papai, o que é ser um pai?” Confesso que até hoje tento uma resposta que complete a curiosidade do meu filho. Tento, tento e nem sempre consigo “ser um pai”. Minha filha, Carolina Guerra Monteiro, também é parte de uma mudança crucial na minha vida de educador. Certo dia ela me perguntou: “Pai, a escola é para educar ou para expulsar? ” Ela não se conformava com o fato de um aluno ser expulso na escola que ela estudava. Entendia que a escola deveria “curá-lo” e não expulsá-lo. Hoje tenho uma luta pessoal: tentar criar mecanismos pedagógicos que eliminem, definitivamente, o jubilamento na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Mudei, também definitivamente, o meu olhar a respeito da escola, em todos os níveis. Quero e luto por uma escola inclusiva. Que não expulse, mas, que dê oportunidades para que as pessoas mudem seu próprio destino.


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