A verdade sobre as consultas à Reitoria

O ano era de 2005. A consulta à comunidade acadêmica ocorria dia 27 de abril, uma quarta-feira. Eu e o professor Dirceu Benedicto Ferreira éramos candidatos à reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Estávamos reunidos com os nossos apoiadores no auditório da Faculdade de Estudos Sociais (FES), no dia 22 de abril daquele ano quando, às 17h, recebemos a informação de que cinco médicos conseguiram, na justiça, suspender a consulta pública que seria feita por uma Comissão formada pelo Conselho Universitário (CONSUNI). Alegação? Ilegalidade no processo, uma vez que todos os candidatos, no próprio CONSUNI, haviam acordado que o voto seria paritário (33,33% de peso para cada uma das categorias). Nossa reunião, naquele ano, se transformou em um momento histórico para a democracia na UFAM. Decidimos, eu, o professor Dirceu Benedicto e nossos apoiadores que renunciaríamos à disputa se ela fosse no CONSUNI com a proporção de peso dos votos de 70% para professores, 15% para técnicos e 15% para estudantes. Buscamos uma solução para o impasse criado pela justiça. Resolvemos transferir para as entidades, Adua, Sintesam e DCE, a realização da consulta, desde que os três demais candidatos aceitassem as regras e assinassem um documento que renunciaram caso o resultado da consulta não fosse respeitado pelo CONSUNI. Contatamos o professor Antônio José Valle da Costa, então presidente da ADUA, que aceitou o desafio em nome da democracia e mobilizou as demais entidades. Faltava contatar cada um dos candidatos. Às 19h todos se comprometeram, por telefone: Hidembergue Frota, Izabel Valle e Néliton Marques. Às 22h, finalmente, todos os candidatos estavam no Auditório da FES e assumiram um compromisso público, diante de todos nós e nossos apoiadores de que a consulta seria realizada no dia 27, comandada pelas entidades, porém, mantidas todas as regradas já acordadas no CONSUNI. Do dia 22 ao dia 27 as entidades, responsavelmente, criaram a Comissão de Consulta e conduziram o pleito, auxiliadas pela Comissão do CONSUNI. Os fatos foram estes. Qualquer versão deles é pura lenda!

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