Na palestra de ontem, “Amazônia e o pensamento
complexo”, ocorrida ontem, das 14h às 17h no auditório Rio Negro, do Instituto
de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam),
o Professor Edgard Assis de Carvalho, do Programa de Estudos Pós-graduação em
Ciências Sociais da Pontifice Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), dissecou
a proposta de Edgar Morin, que situa a Amazônia, com suas tribos e comunidades
ainda autóctones, como o local capaz de ainda surgir um “pensamento do Sul” em contraposição
ao pensamento dominante do Norte. O problema é que “pensamentos do Sul”, como
os de Morin e Edgard Assis de Carvalho, são minorias e meros focos de
resistência diante da dominação tecnicista do “pensamento do Norte” dentro das
universidades que, atualmente, guiam-se exatamente pelo quadrimotor da técnica,
da ciência, da exploração e do lucro. E isso se reflete nos trabalhos
acadêmicos produzidos. Nas universidades, são cobrados TCCs, monografias,
dissertações e teses, muitas vezes maçantes. O ensaio, reflexivo, inovador e
autoral, é considerado um gênero menor. Em Congressos, Seminários e Encontros,
dificilmente um ensaio é aceito. Nas próprias revistas chamadas científicas,
trata-se de um gênero raramente encontrado. Enfrentar o predomínio da técnica e
do tecnicismo e mudar os rumos da universidade brasileira parece ser um desafio
diário. Quem dele quer participar e rasgar os velhos manuais de elaboração de
trabalhos acadêmicos, dissertações e teses?
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