É curioso que alguns nomes da universidade brasileira,
bem como ocorre na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), se nos apresentem
como estudiosos e defensores da chamada “Nova Ciência”. Teoricamente citam Edgar
Morin, Fritjof Capra, Maturana, Varela e quetais. No processo de tomada de
decisões, porém, seguem rigorosamente os regimentos e regulamentos. O tão
propagado “olhar do pensamento complexo” é substituído por decisões lineares e
rígidas, baseadas na letra morta da lei. Causa estranhamento alguém defender
com unhas e dentes determinada visão de mundo, mas não praticá-la. Uma
universidade autopoética, circular, deve testar formas administrativas mais ousadas,
abertas, fora dos padrões tradicionais. Os regimentos e regulamentos precisam refletir
essa visão de mundo diferenciada. Caso contrário, as pessoas que fazem parte da
comunidade desconfiarão de que “a teoria, na prática, é outra coisa”. Decisões
administrativas afetam permanentemente a vida da comunidade e das pessoas
diretamente envolvidas nos processos. Devem ser tomadas, portanto, levando em
conta a complexidade de cada atitude humana. Sem que as pessoas sejam o centro,
as decisões serão sempre lineares, logo, nada processuais. Em assim não as
sendo, portanto, nada complexas na prática. Reflitamos!
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