quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A falência da Educação Superior brasileira


Os resultados parciais das seleções para os Programas de Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) já revelavam uma tragédia: a universidade se reprovava. Os números consolidados de cada seleção decretam a falência completa da Educação Superior ou indicam um descompasso imenso, quase uma vala intransponível, entre o que se cobra nos cursos de graduação e o que se exige para o ingresso nos programas de Pós-graduação. É urgente que as pró-reitorias de Pós-graduação e de Graduação da Ufam reúnam-se e avaliem os resultados à luz do processo de aprendizagem. Não dá para simplesmente ficarmos “horrorizados” com a reprovação em massa dos candidatos. É preciso pensar no processo de aprendizagem. O que ocorre nos cursos de graduação? Que tipo de profissional estamos a formar? Vale a pena assumir a postura de Pilatos:”deixa que o mercado seleciona?” A Ufam em particular, e a universidade brasileira, no todo, precisam assumir o ônus e o bônus do processo de aprendizagem. Não dá para se preocupar meramente em “formar para o mercado” ou “deixar que o mercado selecione os melhores”. Cabe à universidade formar um cidadão para o pleno exercício da democracia e da cidadania. Deixar que o mercado dite o padrão de formação dos estudantes é apostar no fracasso e na falência. Lavar as mãos é apostar no processo de exclusão de um mercado aviltante. A universidade que lava as mãos é irresponsável e não assume o seu papel de transformadora da sociedade.


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