Os resultados parciais das seleções para os Programas
de Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) já revelavam uma
tragédia: a universidade se reprovava. Os números consolidados de cada seleção
decretam a falência completa da Educação Superior ou indicam um descompasso
imenso, quase uma vala intransponível, entre o que se cobra nos cursos de graduação
e o que se exige para o ingresso nos programas de Pós-graduação. É urgente que
as pró-reitorias de Pós-graduação e de Graduação da Ufam reúnam-se e avaliem os
resultados à luz do processo de aprendizagem. Não dá para simplesmente ficarmos
“horrorizados” com a reprovação em massa dos candidatos. É preciso pensar no
processo de aprendizagem. O que ocorre nos cursos de graduação? Que tipo de
profissional estamos a formar? Vale a pena assumir a postura de Pilatos:”deixa
que o mercado seleciona?” A Ufam em particular, e a universidade brasileira, no
todo, precisam assumir o ônus e o bônus do processo de aprendizagem. Não dá
para se preocupar meramente em “formar para o mercado” ou “deixar que o mercado
selecione os melhores”. Cabe à universidade formar um cidadão para o pleno exercício
da democracia e da cidadania. Deixar que o mercado dite o padrão de formação
dos estudantes é apostar no fracasso e na falência. Lavar as mãos é apostar no
processo de exclusão de um mercado aviltante. A universidade que lava as mãos é
irresponsável e não assume o seu papel de transformadora da sociedade.
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