segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A necessidade da alfabetização ecológica

Há anos o físico Fritjof Capra prega, em seus livros, principalmente na obra Conexões Ocultas, o conceito de “ecologia profunda” e a necessidade de o ser humano passar por o que chama de alfabetização ecológica. Fosse realmente praticada como propõe Capra, haveria uma revolução pedagógica inclusive nos métodos e nas metodologias. Seria necessário praticar o que Edgar Morin chama de “religação dos saberes”. O saber científico teria de reconhecer e dialogar com o saber tradicional, das comunidades, da vida. É bem-verdade que parte das universidades brasileiras já abre as portas para Capra, Morin, Maturana e Varela e para os demais autores que contestam a forma tradicional de a academia ver o mundo. Paul Feyerabend, desde seu “Contra o Método”, passando por “A Ciência em uma sociedade livre” e chegando a “Adeus à razão”, ainda precisa ser melhor estudado. A academia ainda precisa conhecer “A biologia da crença”, de Bruce H. Lipton. Há entraves, mas a Ciência, os cientistas e a academia começam a derrubar muros e a reconhecer que o método científico não é a única forma de produzir conhecimento: esse é um dos passos para uma alfabetização ecológica que, ao que parece, está em curso.

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