Uma herança deixada pelo governo FHC e refinada no
governo Lula dará trabalho imenso aos educadores e pesquisadores: a universidade
de viés tecnicista e formadora para o mercado. Insisto no tema por se tratar de
uma época de avaliações: Natal e virada do ano. Também, é claro, porque essa
universidade tecnicista que aí está, baseada no produtivismo e nos números de
artigos produzidos a cada ano, não me agrada. Quero uma universidade ousada,
que se volte para os grandes problemas da sociedade. Que não se limite a formar
jovens para o exercício de profissões seculares. Penso que a universidade
brasileira tem de ser inventiva, inovadora. Uma universidade que reconhece a
arte, a música, as culturas como parte do processo de religação dos saberes. A
universidade que não ousa configura-se como vanguarda do fracasso. E dessa
universidade não quero fazer parte. Daí a minha rebelião intelectual contra o
modelo vigente. Aliás, contra os próprios modelos. Quem disse que é preciso um
modelo, um padrão de universidade? A universidade que ousa, que avança, que
vence os conceitos e preconceitos, essa sim, talvez seja a universidade dos
sonhos. A universidade a ser perseguida diuturnamente por nós.
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