domingo, 18 de dezembro de 2011

Viés tecnicista perigoso

A Educação Superior brasileira, desde o governo FHC e refinado pelo Governo Lula, implanta uma tendência de universalização ensino técnico. Nada contra a expansão das escolas técnicas país afora. No entanto, é um erro grave querer que as universidades públicas brasileiras também se transformem em mero lócus de transmissão do fazer. A universidade é o local de se pensar o fazer e não apenas de se ensinar a fazer. Não é de hoje, também, há de se admitir, a exigência dos estudantes, por conseguinte, da sociedade, de que as disciplinas de formação humanísticas sejam retiradas das estruturas curriculares, principalmente nos anos iniciais. Grande parte das universidades, inclusive a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), cedeu a essa espécie de pressão. Com isso, a formação humanística para a vida deu lugar à formação para o mercado. E esse é o perigo: formar exclusivamente para o mercado. Há que se repensar esse caminho a fim de que a universidade cumpra a missão de universalizar o saber e não apenas o fazer.

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