Em
estado de choque. Assim estou até agora, logo depois de assistir “The great
hack”, documentário de quase duas horas da Netflix, traduzido livremente no Brasil
para “Privacidade hackeada”. Eu já sabia o quão perigosa era a Cambrige Analytica
para as democracias, por tinha visto o documentário “Driblando a
democracia”. Só não tinha ideia do estrago que o bilionário
norte-americado Robert Mercer (dono escondido da Cambrige Analytica) poderia
provocar nas democracias. Do submundo sombrio da apropriação indevida de dados
pessoais promovida pela Cambridge Analytica em conluio com o Facebook, surgem
três figuras centrais: a jornalista, o professor e a ativista (arrependida). A
jornalista do The Guardian, Carole Cadwalladr, assinou reportagens no Observer e
no New York Times sobre as denúncias de Christopher Wylie, ex-funcionário da
Cambridge Analytica. Ele foi o estopim que culminou com o fechamento da
empresa. Só não se sabe, e o documentário não revela, se não foi uma estratégia
dos donos para sumirem com as provas. O professor de Nova York, David Carroll, foi
aos tribunais ingleses para obter seus dados usurpados pela Cambringe. Na sua “viagem”,
foi fundamental para que Brittany Kaiser, ex-ativista, arrependida por ter
aceito o convite para trabalhar na Cambrige Analytica, fosse responsável por
implodir a empresa. Tudo se encaixa com o momento brasileiro: as revelações de
como a Lava Jato manipulou decisões judiciais. E isso me fez pensar, tanto em
um quanto em outro caso: ainda bem que existem os hackers.
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