domingo, 28 de julho de 2019

Ainda bem que existem os hackers


Em estado de choque. Assim estou até agora, logo depois de assistir “The great hack”, documentário de quase duas horas da Netflix, traduzido livremente no Brasil para “Privacidade hackeada”. Eu já sabia o quão perigosa era a Cambrige Analytica para as democracias, por tinha visto o documentário “Driblando a democracia”. Só não tinha ideia do estrago que o bilionário norte-americado Robert Mercer (dono escondido da Cambrige Analytica) poderia provocar nas democracias. Do submundo sombrio da apropriação indevida de dados pessoais promovida pela Cambridge Analytica em conluio com o Facebook, surgem três figuras centrais: a jornalista, o professor e a ativista (arrependida). A jornalista do The Guardian, Carole Cadwalladr, assinou reportagens no Observer e no New York Times sobre as denúncias de Christopher Wylie, ex-funcionário da Cambridge Analytica. Ele foi o estopim que culminou com o fechamento da empresa. Só não se sabe, e o documentário não revela, se não foi uma estratégia dos donos para sumirem com as provas. O professor de Nova York, David Carroll, foi aos tribunais ingleses para obter seus dados usurpados pela Cambringe. Na sua “viagem”, foi fundamental para que Brittany Kaiser, ex-ativista, arrependida por ter aceito o convite para trabalhar na Cambrige Analytica, fosse responsável por implodir a empresa. Tudo se encaixa com o momento brasileiro: as revelações de como a Lava Jato manipulou decisões judiciais. E isso me fez pensar, tanto em um quanto em outro caso: ainda bem que existem os hackers.


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