domingo, 22 de outubro de 2017

A epistemologia ecossistêmica é bíblica

Do pó viestes, ao pó voltarás (Gn 3,19). Quer maior exemplo de autopoise, leitor e leitora? A Teoria Ecossistêmica não foi criada por nós, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Muito menos por mim, líder dos grupos de Pesquisa Linguagens, expressões humanas, mídia e moda (MIMO) e Ciências da Comunicação, Informação, Design e Artes (Interfaces). O que fizemos foi provocar a área, os colegas e a própria universidade (não só a Federal do Amazonas) para algo que é fato: as tradicionais teorias da comunicação não dão conta de explicar os pós-modernos fenômenos comunicacionais. Propusemos uma abordagem teórico-metodológica à qual denominamos “Ecossistemas comunicacionais”. Que evoluiu para a epistemologia ecossistêmica: que implode a relação sujeito-objeto. E passa a ver a Ciência como elemento da vida: “do pó viestes, ao pó voltarás”. Como sujeito-sujeito da vida, da pesquisa, de tudo. Ao pó voltarás, mas, não virarás pó. Voltarás ao teu estado de adubo, depois árvore, depois fruto. Alimentarás alguém e neste alguém estarás. Não morrermos, não morrerás. Seremos permanentemente transformados.


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