Nem nos meus piores pesadelos imaginei que o cenário que se
nos avizinha para 2018 fosse chegar a tanto. Reconheço, principalmente na
primeira vez que perdi a consulta para a Reitoria da Universidade Federal do
Amazonas (UFAM), fui avisado. Uma sábia pessoa da comunidade disse-me: “Gilson,
tuas ideias estão muito a frente da comunidade da UFAM. A universidade
brasileira, em geral, é reacionária e retrograda. Parece que você não percebeu”.
Na manifestação do #elenão em Manaus, a Tia da Trufa foi dura e horrendamente
criticada pela forma como se manifestou: só de biquíni. A hipocrisia não é regra
apenas na família tradicional brasileira. A sociedade é hipócrita e moralista.
Tudo pode acontecer, desde que seja empurrado para debaixo do tapete. E foi
depois de me lembrar o alerta que me foi feito por quem votou em mim à época
que me toquei: é bem-possível sim, que o Besta-fera tenha crescido entre as
mulheres após as manifestações. A Mídia Golpista não deixou de divulgar as manifestações.
Mas, o fez, porém, expondo sempre o que a “família tradicional” considera
bizarro, como a exposição da Tia da Trufa. Li comentários de pelo menos dois
homens que não valem um tostão furado a dizer que “sua família não merecia”, “que
ela deveria se dar ao respeito”, “que mulher não deve expor a nudez” e coisas
do gênero. Hipócritas, mil vezes hipócritas. Consideram a mulher uma propriedade,
um bibelô. Suas mães, com certeza, passaram estes valores para eles. Não da família,
mas, da hipocrisia como regra, acoitados pelos pais machistas. Mudar este modo
de olhar o mundo é um processo gradual e muito demorado. O contexto atual é uma
prova disto. Demonstra, ainda, que a luta pela liberdade e pela igualdade de
direitos nunca termina.Alguém
duvida? Por isso: #elenao, #elenunca!
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