sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Luto


Hoje quero te falar
Desta dor que me invade
Sempre votei em Lula
Mas, não voto no Haddad.
Tenho medo de FHC
Que também era professor
Sem a classe favorecer
Nenhuma universidade criou.
Por isso abro o coração
Com toda a sinceridade
Sempre em Lula votei
Mas, não voto em Haddad.
Antes nunca houve FIES
Nem este negócio de Prouni
Se da classe média és,
Teu filho “é que se fume”.
Vaga de médico ou advogado
Teu filho não pode mais ocupar
Esse hereditário reinado
Não se consegue mais encontrar.
É pobre em toda as vagas
Pretos e gays também
Abriram-se todas as chagas
Da cretinice que em ti tem.
Votar em professor é fria
Esta é a minha agonia
Por isso te digo dotô
Sem nenhum tipo de maldade
Sempre votei em Lula
Mas, não voto em Haddad.
Será que ele não vai ser
Que nem o Paulo Renato,
Cortar ponto de grevista
Para baixar a nossa crista?
Eu só estava brincando
Não entendes ironia?
De um lado há um professor
O outro defende a tirania.
Achas que eu teria dúvida
Na hora de escolher?
Portanto, não se iluda
“Mesmo ele sendo do PT”.
Ainda que eu esteja puto
Não quero meu País de luto
Por isso em substantivo ou verbo
Abro o sorriso e berro.
Bato no peito e grito
Com toda a sinceridade
Sempre votei no Lula
E hoje voto no Haddad

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