sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Piores que os nossos pais


“Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”, verso de Belchior eternizado, para mim, na voz de Elis Regina, diz muito de tudo o que somos obrigados a enfrentar agora, neste momento histórico crucial para o Brasil. Seria maravilhoso dizer que “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. Mas, não somos. A onda reacionária e extremista entre os jovens é estarrecedora. Vi o sangue nos olhos de alguns estudantes que falavam em nome do Louva-Ustra. Para eles, tortura não passa “de uns carinhos que se tem de dar a bandidos”. Dignidade, humanidade e liberdade são valores que esta meninada não conhece. Foram jovens que se deixaram cegar pelas igrejas evangélicas e pela tal “renovação carismática católica”. Em nome de Deus, do pastor ou do padre, perdem a humanidade e a dignidade. E nós, professores, não passamos de “doutrinadores da esquerda”. Só enxergam o mundo pela lente do candidato Louva-Ustra. E o louvam, também, como se torturar mulheres enterrando ratos vivos na vagina fosse brincar de roda. Estupefacto: eles são muito piores que os pais e nós, os professores e professoras, fizemos pouco para mudar isso ou, fomos impotentes diante da lavagem cerebral que os fez assim. Pena!

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