“Ainda somos os mesmos e
vivemos como nossos pais”, verso de Belchior eternizado, para mim, na voz de
Elis Regina, diz muito de tudo o que somos obrigados a enfrentar agora, neste
momento histórico crucial para o Brasil. Seria maravilhoso dizer que “ainda
somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. Mas, não somos. A onda reacionária
e extremista entre os jovens é estarrecedora. Vi o sangue nos olhos de alguns estudantes
que falavam em nome do Louva-Ustra. Para eles, tortura não passa “de uns
carinhos que se tem de dar a bandidos”. Dignidade, humanidade e liberdade são
valores que esta meninada não conhece. Foram jovens que se deixaram cegar pelas
igrejas evangélicas e pela tal “renovação carismática católica”. Em nome de
Deus, do pastor ou do padre, perdem a humanidade e a dignidade. E nós,
professores, não passamos de “doutrinadores da esquerda”. Só enxergam o mundo
pela lente do candidato Louva-Ustra. E o louvam, também, como se torturar mulheres
enterrando ratos vivos na vagina fosse brincar de roda. Estupefacto: eles são
muito piores que os pais e nós, os professores e professoras, fizemos pouco
para mudar isso ou, fomos impotentes diante da lavagem cerebral que os fez
assim. Pena!
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